sabe?
- OK.
- E então o Torben finalmente resolveu fazer uma coisa ajuizada – disse Kamilla,
segura de si.
Aquilo significava que, apesar de tudo, Eva não seria despedida.
Foi a única coisa em que conseguiu pensar enquanto Kamilla continuava falando
o quanto era importante que os pais confiassem na instituição. - Talvez eu devesse ir para a cozinha – disse Eva à guisa de resposta. – A Sally está
sozinha com tudo. - Já, já digo à Sally que eu e você tínhamos uma coisa para conversar. Aliás, acho
que, no futuro, vou ser eu a encarregada desses assuntos. - Que assuntos, Kamilla?
- Os problemas de pessoal. Hoje mesmo, vão me nomear subdiretora interina.
Você é a primeira a quem conto isso. - E a Anna?
- Vai ser nomeada diretora do Pomar. E o Torben... – Kamilla inclinou a cabeça
ligeiramente de lado. – A gente vai dizer que foi estresse. Desse jeito, oferecemos a
chance de ele ir embora sem escarcéu. Quer saber? Acho que é a melhor solução. - Solução para o quê?
- Para o que aconteceu aquele dia no mato. O caso do menino que largaram lá, a
decisão equivocada de insistir em esconder o que aconteceu. - A reunião que convocaram é sobre isso?
- É.
- Então, vão contar para todo mundo lá?
- Contar o quê?
- Do menino que esqueceram no mato.
- Não! – Kamilla olhou meio carrancuda para Eva. – Mas é justamente o que eu
acabei de dizer. Vamos partir da estaca zero. Não vai se repetir esse tipo de coisa