- Não tenho onde ficar e, por isso, morei os dois últimos meses na casa dele. O
apartamento. - Em que distrito é?
- Em Nørrebro.
- E onde o seu namorado está agora?
- Não sei. Ele às vezes sai – disse Eva.
E aquilo, no fim das contas, era verdade. De repente, o homem tinha aparecido na
sala da casa de Eva. Ele a tinha amarrado e depois tinha sumido. Qualquer dia, ele
voltaria. - Ele sai? Para trabalhar?
- Não tem emprego – disse Eva. – Sai com os amigos. Some sem avisar.
- E você escapou?
- Você tem certeza de que ele não me acha aqui? De que não vai topar comigo e...
- Eva, eu entendo que esteja com medo, mas você precisa saber que aqui não
entra ninguém que possa lhe fazer mal. - Você poderia me mostrar a casa?
- Quer ver você mesma se a segurança é boa?
- Isso. Se for possível. Obrigada.
- Se você vai se sentir melhor com isso, vamos lá – disse Liv, e se levantou.
- Esse é o Tom. É ele quem está cuidando de nós hoje.
Eva cumprimentou com um movimento de cabeça o sujeito grande, parrudo e
quase totalmente careca que estava lendo jornal numa cadeira perto da entrada. - Oi – disse o guarda.
- Eu estava justamente dizendo à Eva que ela não precisa ter medo de nada
estando aqui. – Tornou a olhar para Eva e sorriu. – Como eu já disse antes,
também temos linha direta com a polícia. Se acontece alguma coisa, eles chegam em
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1