Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

Figura 9.3 Eletrocardiograma: pausa sinusal.


Figura 9.4 Eletrocardiograma: bloqueio sinoatrial.


SÍNDROME BRADI-TAQUI


Caracterizada por surtos paroxísticos de taquicardia supraventricular, geralmente flutter
ou fibrilação atrial, que se interrompem e intercalam com o ritmo bradicárdico (Figura
9.5). Tratamento proposto para doença de base ou fator desencadeante do quadro.
Como na maioria das vezes faz parte do espectro da doença do nó sinusal, costuma
ser indicado implante de marca-passo.


ESCAPE JUNCIONAL


Trata-se de ritmo de suplência ou de substituição originado na junção atrioventricular
(AV), com QRS estreito (< 120 ms). As ondas P podem não ser vistas ou vir logo após
o intervalo QRS (P com morfologia negativa, Figura 9.6). Quando a frequência for
inferior a 50 bpm, é designado ritmo juncional de escape. Quando a frequência for
superior a 50 bpm, é chamado de ritmo juncional ativo e, se acima de 100 bpm, é
denominado taquicardia juncional.
Causas do ritmo juncional de escape: síndromes coronárias agudas, medicamentos
(digitálicos, betabloqueadores e BCC), hipoxia, pós-operatório imediato de cirurgia
cardíaca, maior tônus parassimpático, cardiopatia reumática, doença do nó sinusal,
valvopatias.
O tratamento depende da causa e da presença de sinais e sintomas. Quando
sintomáticos, deve-se considerar a administração de atropina. Se a resposta à atropina
for inadequada, outras intervenções podem ser utilizadas, como administração de
epinefrina, dopamina ou colocação de marca-passo transcutâneo em caráter
emergencial. Se tiver como consequência a bradicardia inapropriada e sem fatores

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