(AAS) para a prevenção de eventos tromboembólicos. Preocupante com a
anticoagulação é a taxa de sangramentos maiores. A complicação mais grave é a
hemorragia intracraniana e está associada à anticoagulação excessiva, hipertensão
descontrolada e idade avançada. Na escolha do anticoagulante, deve-se lembrar dos
riscos de AVC e sangramento, poderando-se os riscos e benefícios para cada paciente
(I A).
A dose ideal de AAS não é bem delimitada e se situa entre 81 e 325 mg/dia. Para a
varfarina, recomenda-se o alvo de relação normatizada internacional (RNI) entre 2 e 3
(em portadores de próteses metálicas mitral e aórtica, entre 2,5 e 3,5). Se a
anticoagulação precisar ser interrompida por cirurgias ou procedimentos, recomenda-se
uma ponte com heparina de baixo peso molecular ou heparina não fracionada até o
procedimento proposto.
Os critérios de CHADS2 e CHADS2-VASC (Tabelas 11.3 e 11.4) podem ser usados
para decidir sobre anticoagulação, sendo aplicável apenas a pacientes com fibrilação
atrial não atribuível à causa valvar. Pacientes com FA de etiologia valvar devem ser
anticoagulados com varfarina, salvo contraindicações. É também recomendada a
anticoagulação a pacientes com FA associada a hipertireoidismo e cardiomiopatia
hipertrófica (I B).
Tabela 11.3 Escore de CHADS2 para indicação de anticoagulação.
CHADS2 CRITÉRIO DE RISCO Pontuação
Insuficiência cardíaca congestiva 1
Hipertensão 1
Idade superior a 75 anos 1
Diabetes melito 1
Acidente vascular cerebral prévio ou ataque isquêmico transitório 2
Adaptada de Gage et al., 2001.^6
Tabela 11.4 Escore CHA2DS2-VASC para indicação de anticoagulação.
C HADS2-VASC Descrição Pontos
C IC 1
H Hipertensão 1
A Idade ≥ 75 anos) 2
D Diabetes melito 1