Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

o risco cardiovascular. A estratificação do risco cardiovascular global levará em conta,
além dos valores de PA, a presença de fatores de risco adicionais de lesões em
órgãos-alvo e de doenças cardiovasculares, e pode ser conferida nas Tabelas 23.2 e
23.3.


Tabela 23.1 Classificação de hipertensão arterial sistêmica adaptada de acordo com as
Diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia.


Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg)
Ótima < 120 e < 80
Normal 120 a 129 e/ou 80 a 84
Normal alta 130 a 139 e/ou 85 a 89
Grau 1 140 a 159 e/ou 90 a 99
Grau 2 160 a 179 e/ou 100 a 109
Grau 3 > 180 e/ou > 110
Hipertesão sistólica isolada > 140 e < 90

TRATAMENTO


Os guidelines vigentes propuseram, para as populações estudadas, metas para o
manejo de PA, além da opção inicial de tratamento, conforme Tabela 23.4.
Segundo o Eighth Joint National Committee (JNC 8), se a meta não for atingida em
um mês, deve-se aumentar a dose da medicação anti-hipertensiva ou adicionar um
segundo medicamento (diurético tiazídico, bloqueador dos canais de cálcio, inibidor da
enzima conversora da angiotensina (IECA) ou bloqueador dos receptores de
angiotensina (BRA). Caso o objetivo não seja alcançado, adicionar um terceiro fármaco
da lista exposta, titulando sua dose (não usar IECA com BRA). Após o emprego de três
classes de medicamentos e ainda havendo falha terapêutica, outras classes podem ser
usadas, recomendando-se, adicionalmente, pesquisa de causas secundárias de HAS e
exclusão de situações como não adesão medicamentosa e hipertensão do jaleco
branco (Tabela 23.5).
Um resumo de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis e suas respectivas
doses pode ser conferido na Tabela 23.6.


HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE


A hipertensão arterial é definida como resistente quando a estratégia terapêutica
abrange mudança do estilo de vida, além de um diurético e duas outras drogas anti-

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