AORTA
DISSECÇÃO AÓRTICA
Dor intensa, súbita (dor isquêmica tende a ser mais insidiosa), como se “estivesse
rasgando por dentro”; pode irradiar para o dorso. Acomete, em geral, homens com mais
de 60 anos e que apresentam história de hipertensão arterial sistêmica.
Tabela 2.1 Probabilidades de os sinais e sintomas serem em virtude de síndromes
isquêmicas miocárdicas instáveis secundárias à doença obstrutiva das artérias
coronárias.
Variáveis Alta Intermediária Baixa
História
Sintomas sugestivos de IAM
prolongados (> 20 min) em
repouso ou dor similar à de
quadro anginoso prévio
História de DAC, incluindo IAM
Sintomas sugestivos de
IAMIdade > 70 anos.
Diabetes melito, doença vascular
periférica
Sintomas não sugestivos de IAM
Exame físico
IM transitória, hipotensão,
sudorese, edema pulmonar ou
estertores
- Desconforto torácicoreproduzido por palpação
ECG
Infradesnível do segmento ST (>
0,5 mm) novo ou
presumivelmente novo, ou
inversão da onda T > 2 mm
com sintomas
Presença de ondas Q segmento
ST ou ondas T anormais antigas ECG normal
Marcadores bioquímicos TnT, Tnl ou CK-MB elevadas Marcadores normais Marcadores normais
IAM: infarto agudo do miocárdio; DAC: doença das artérias coronárias; IM: insuficiência
mitral; ECG: eletrocardiograma.
Deve-se suspeitar de dissecção aórtica quando houver diferenças de pressão
arterial ou pulso entre membros, em casos de dor torácica sem explicação
acompanhados de sintomas neurológicos (acidente isquêmico transitório, paresia de
membros inferiores), síncope, sopro diastólico por insuficiência aórtica, alterações em
eletrocardiograma (ECG) na parede inferior (comprometimento da artéria coronária
direita pela dissecção retrógrada), dor abdominal (tronco celíaco), piora súbita da
função renal (comprometimento das artérias renais), hemotórax e morte súbita.
Considerar sempre dissecção aórtica em pacientes com síndrome de Marfan, valva
aórtica bicúspide e infecção prévia por sífilis.