Mas eles já tinham entrado.
Fechou os olhos e escutou. Pés a correrem escadas acima, os rosnidos
ferozes de Gregor vindos do terraço, a voz suave de Sting a cantar «How
Fragile We Are», o estrondo da porta da casa de banho a ser pontapeada.
Virou-se e entrou. Subiu as escadas. Em direcção aos gritos. Precisava de
uma bebida. Viu Tom no cimo das escadas. Tirara a balaclava, mas o seu rosto
estava tão contorcido que mal o reconheceu. Estava a apontar para alguma
coisa. Na alcatifa. Baixou os olhos. Um rasto de sangue. Os olhos dela
seguiram-no pela sala de estar até à porta aberta do terraço. Não ouviu o que o
idiota vestido de preto lhe estava a gritar. O plano , era nisso que estava a
pensar. Aquele não era o plano.