A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

Elizabeth representou o papel de uma atarefada advogada de Washington
regressando ao escritório para trabalhar até tarde: jeans, botas de cowboy, uma
confortável blusa de algodão bege. Max Lewis vivia perto de Dupont Circle e sua
roupa diária de trabalho refletia as tendências do bairro: jeans, mocassins de
camurça preta, suéter de gola alta preta, casaco cinza-escuro. Os escritórios de
advocacia da Braxton, Allworth & Kettlemen ficavam na esquina da Connecticut
Avenue com a K Street. Michael esperou no carro. Elizabeth e Max entraram juntos
no hall, identificaram-se ao segurança e foram de elevador até o andar.
O escritório de Elizabeth ficava na extremidade norte do piso, com vista
para a Connecticut Avenue. Samuel Braxton era quem possuía o maior gabinete da
firma, uma série de salas ao longo da esquina da Connecticut Avenue com a K
Street, com uma vista magnífica da Casa Branca e do Washington Monument.
Elizabeth destrancou o seu gabinete acendeu as luzes e entrou. Falou com
Max numa voz alta e clara. Queria que tudo parecesse normal. Max colocou mais
papel na fotocopiadora e fez café. Elizabeth ouvia o zumbido distante de
aspiradores vindo de algures no piso.
Pegou nas chaves e atravessou o corredor até o gabinete de Braxton. Deu
uma batida suave, não obteve qualquer resposta e destrancou a porta com a chave
duplicada. Entrou e fechou rapidamente a porta. Retirou uma pequena lanterna da
mala e ligou-a.
Elizabeth estava no gabinete exterior, onde trabalhavam as duas secretárias
de Braxton. O arquivo estava na outra ponta, do outro lado de uma porta pesada.
Elizabeth trocou de chave e abriu a porta. Fechou-a e acendeu a luz. Max disse-lhe
onde encontrar os arquivos de Elliott e Beckwith: na parede em frente, em cima à
esquerda. Ela não chegava à prateleira de cima. As secretárias de Braxton
guardavam ali um banquinho do gênero que existe nas bibliotecas para estas
ocasiões. Levou o banco para o outro lado da sala, subiu para cima dele e começou
a inspecionar os arquivos.
Examinou a fila inteira uma vez e não encontrou nada. Começou do
princípio, obrigando-se a ir devagar mas, mais uma vez, não encontrou nada.
Experimentou ver na prateleira abaixo, mas aconteceu a mesma coisa. Nada.
Praguejou baixinho. Braxton retirara dali os arquivos. Elizabeth desceu do banco e
dirigiu-se à porta. Ouviu sons no gabinete, do outro lado da porta: uma chave a ser
enfiada numa fechadura, o clique de um interruptor, o arranhar de um carrinho de
metal. Em seguida, ouviu o estalido de uma chave a ser violentamente empurrada
para o interior da fechadura da porta que se encontrava a poucos metros dela. A
fechadura cedeu e a porta abriu.

Free download pdf