A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

Vandenberg planejara e executara tudo. Acabara com a própria vida, dizia o
bilhete, porque era preferível morrer com um tiro do que com um procurador
independente.
Um James Beckwith abalado apareceu na sala de imprensa da Casa Branca
ao fim da tarde, a tempo dos noticiários da noite. Declarou sentir um choque e
pesar profundos pela morte de seu assessor mais próximo. Em seguida anunciou
que o Departamento de Justiça daria início de imediato a uma investigação
minuciosa de todas as atividades de angariação de fundos de Vandenberg em prol
de Beckwith. Abandonou a sala de imprensa sem responder a perguntas e passou
uma noite sossegada com Anne nos aposentos da família da Casa Branca. Na
manhã seguinte, o Post dedicava grande parte da primeira página ao suicídio
aparente de Paul Vandenberg. A reportagem incluía longa explicação sobre a
relação financeira entre James Beckwith e Mitchell Elliott. O artigo contestava a
afirmação, patente no bilhete suicida de Vandenberg, de que ele, e só ele, fora o
arquiteto da rede complexa de acordos financeiros que, ao longo dos anos, tinham
enriquecido os Beckwith. Também implicava o advogado de Washington de
Mitchell Elliott, Samuel Braxton, o candidato de Beckwith a secretário de Estado.
O artigo tinha autoria dupla: Tom Logan e Susanna Dayton, do Washington
Post
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