PSICOTERAPIA
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A SOLUÇÃO ESTÁ NA BUSCA
PELA MUDANÇA PESSOAL
PARA SABER MAIS
Q
uando alguém não está satis-
feito com alguma pessoa ou
situação tem como única possibili-
dade de resolução trabalhar em sua
mudança pessoal. A única forma de
mudarmos o que não nos satisfaz no
mundo exterior é modificar a manei-
ra como reagimos ou lidamos com
aquele desconforto. Pode ser que, a
partir daí, ocorram mudanças no seu
entorno e a situação perturbadora se
altere. Mas, caso isso não ocorra, o
maior interessado – a pessoa inco-
modada com a situação perturbado-
ra – terá modificado pelo menos seu
mal-estar em relação àquela situação
e poderá reagir e sentir de forma di-
ferente e extinguir unilateralmente o
problema que o estava aborrecendo
ou causando desgaste.
A culpa acaba se tornando uma
prisão perpétua. Onde o réu é também
seu implacável juiz, que se aplica a
mais dura pena. E por mais que todos o
absolvam da pena excessiva, ele não se
permite libertar e seguir adiante
IMAGENS: SHUTTERSTOCK E FREEPIK
do que em situações futuras, como
essa, sintamos a mesma dor.
Como saber se estamos apren-
dendo as lições que precisávamos
com aquela dor? Observando ape-
nas se a dor inicial cede ao estarmos
em contato novamente com a antiga
fonte de dor ou sofrimento.
E somente quando já fizemos
todas as mudanças necessárias para
lidar com aquele conflito podemos
pensar e modificar nosso ambiente
externo e nos afastar então da fon-
te geradora de dor até então. Pois se
encontrarmos em nosso novo cami-
nho algo parecido, já saberemos sen-
tir e lidar de uma forma diferente.
Quando falamos em mudança,
falamos da transformação do que é
para o que se quer ou precisa vir a
ser. A maior mola propulsora da mu-
dança é a dor.
Sempre que estamos acomoda-
dos ou aprisionados em algo que
não faz mais sentido para a nossa
realidade atual, a dor chega como
forma de nos sinalizar de que algo
necessita ser modificado.
Às vezes, a dor chega como ma-
neira de percebermos que houve um
erro na rota, que estamos tentando
avançar num caminho errado, que
desviamos do nosso destino final,
dispendendo muito esforço e ener-
gia sem extrair satisfação e cresci-
mento na caminhada. Eis que a dor
aparece como um sinal vermelho,
um sinal de alerta para nós mesmos
nos conscientizarmos sobre o rumo
que estamos dando à nossa vida.
Diante da dor, nem sempre se
sabe o que exatamente não vai bem
nessa caminhada. O que mudar para
aliviar essa dor? – esse é o tema de
muitos processos terapêuticos. Mar-
cando o início de uma importan-
te jornada de autoconhecimento e
transformações.
Outras pessoas já conseguem
perceber o que precisam modificar
para retomar o bem-estar e a paz
na caminhada, mas sua questão é:
como mudar? Como deixar de repe-
tir aquele antigo padrão que insiste
em causar dor e desconforto, mas
quando percebemos já aconteceu
novamente? Sabemos que ninguém
muda ninguém. Mas, muitas vezes,
não se consegue mudar sozinho.
Sinal
C
om o trabalho árduo e vigilan-
te, o sinal de que a mudança
foi feita e o grande motivador do
processo contínuo de mudança pes-
soal é o alívio da dor. Isso porque,
ao iniciar a mudança, o sujeito co-
meça a sentir o alívio do sofrimento
e passa a se empenhar mais e mais
nesse processo até retomar o cami-
nho original de onde ele nunca de-
via ter se afastado.
É comum vermos as pessoas
constantemente desejando a mudan-
ça de algo externo, algo fora delas
mesmas: do parceiro, da empresa, do
sistema, dos políticos, do mundo...
Elas se incomodam e se pertur-
bam com coisas e questões fora de-
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