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Na categoria má interpretação
dos pais encontram-se crianças que
apresentam algum tipo de inapetência
ou recusa diante de certos tipos
de alimentos, porém ainda possuem
uma alimentação variável
crianças que apresentam algum tipo
de inapetência ou recusa diante de
certos tipos de alimento, porém
ainda possuem uma alimentação
variável. Tais crianças não apresen-
tam problemas de crescimento ou
de desnutrição, apesar da excessi-
va preocupação dos pais. Algumas
vezes, a ansiedade dos pais pode
até colaborar para uma dificulda-
de alimentar real, na medida em
que adotam práticas inapropriadas
diante do momento das refeições,
como, por exemplo: gritar, bater ou
forçar a criança a comer toda a co-
mida quando esta já está satisfeita
(Maranhão et al., 2017)
Ingestão altamente seletiva
- Inclui crianças que selecionam
IMAGENS: SHUTTERSTOCK
Uma preocupação mundial
A preocupação relacionada à difi-
culdade alimentar do filho ocorre
em diversos países. Mais de 50%
das mães se queixam de que pelo
menos um de seus filhos come mal,
o que implica aproximadamente
20% a 30% das crianças (Kerzner
et al., 2015). Muitas vezes, a ansie-
dade materna para que as crianças
comam é tão grande que a mãe
acaba oferecendo alimentos subs-
titutivos de baixo valor nutritivo
e a criança rapidamente associa
que quando não come, tem o que
deseja, gerando um ciclo vicioso
(Kachani, 2005).
PROBLEMAS ALIMENTARES
PODEM NÃO SER TRANSTORNO
PARA SABER MAIS
C
omo a pirâmide proposta por Kerzner e colaboradores (2015) mostra,
nem todas as crianças cujos pais queixam-se de problemas alimentares
apresentam diagnóstico de transtorno. Na verdade, apenas uma estimativa
de 1% a 5% preenchem os critérios diagnósticos de transtorno na área.
A causa de tais dificuldades é multifatorial, envolvendo patologia orgânica,
problemas motores, transtornos do neurodesenvolvimento, influência de
fatores ambientais e comportamentais. Fonte: Kerzner et al., p. 2, 2015.
A gravidade pode variar desde
uma aversão a certo grupo de ali-
mentos (como as frutas ou as ver-
duras) até casos mais graves, como
determinar apenas dois tipos de ali-
mentos em sua dieta (p. ex.: suco e
arroz). A seletividade pode incluir
também preferência para uma úni-
ca forma de preparação ou marca
comercial.
Criança agitada e com bai-
xo apetite – Fazem parte desse
ou recusam alimentos de determi-
nada característica (cheiro, sabor,
textura, aparência ou consistência)
e está intimamente relacionada a
quadros de transtorno do espectro
autista. Nesses casos, algumas alte-
rações sensoriais podem estar rela-
cionadas, como sensibilidade audi-
tiva, desconforto em manipular ou
tocar em produtos de determinadas
consistências, como massas de mo-
delar, pisar em areia, entre outros.
Transtornos alimentares
Dificuldades alimentares
leves e moderadas
Pais afirmam problemas
alimentares em
25% das crianças
Kerzner et al. (2015)
Má interpretação dos pais
Normal
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