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De acordo com os critérios do DSM-V,
o transtorno alimentar restritivo/evitativo
refere-se a uma restrição da atividade
alimentar que causa perda de peso, deficiência
nutricional significativa, entre outras
negligência na primeira infância ou
problemas de vínculo mãe/filho
podem resultar em alterações de
apetite e transtornos alimentares.
Muitas vezes, a terceirização preco-
ce dos cuidados com o bebê inter-
fere na formação do apego, muito
importante para o desenvolvimen-
to saudável.
Transtorno alimentar restri-
tivo/evitativo – Algumas vezes, as
dificuldades alimentares trazem sé-
rios problemas para a saúde física,
emocional ou social do indivíduo,
passando a se encaixarem nos crité-
rios de transtorno. De acordo com
os critérios do Manual Diagnóstico
e Estatístico dos Transtornos Mentais
- DSM-V, o transtorno alimentar
restritivo/evitativo refere-se a uma
esquiva ou restrição da atividade
alimentar que causa perda de peso,
deficiência nutricional significati-
va, dependência de suplementação
oral ou dieta enteral e/ou interfe-
rência visível na área psicossocial
TRATAMENTO MÉDICO MULTIDISCIPLINAR
PARA SABER MAIS
E
vidências sugerem que o tratamento interdisciplinar intensivo produz re-
sultados positivos para crianças com problemas graves de alimentação
(Milnes; Piazza, 2013). Diversos profissionais podem estar envolvidos na inves-
tigação e no tratamento das dificuldades alimentares.
da criança. A perturbação alimen-
tar pode acontecer diante de altera-
ções sensoriais relacionadas a odor,
textura ou cor dos alimentos ou
pela falta de interesse ou aversão ao
alimento e merece maior atenção e
tratamento por uma equipe multi-
disciplinar (APA, 2014).
Quando buscar ajuda?
A
lguns problemas podem ser
transitórios e se resolvem na
ausência de intervenção. Outros
precisarão de um acompanhamen-
to especializado. Não é necessário
que haja um transtorno estabeleci-
do para a procura de ajuda. Os pais
PROFISSIONAL
Médico pediatra
Nutricionista
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Psiquiatra
FUNÇÃO
Avaliar estado nutricional; velocidade do crescimen-
to; presença de doença associada.
Investigação da dieta atual da criança; elaboração de
um programa nutricional individualizado, respeitando
as limitações de cada criança; orientações acerca de
suplementação quando necessário.
Realiza estimulação a fim de adequar o sistema sen-
sorial e oral para melhor aceitação dos alimentos.
Realiza investigação do padrão cognitivo e compor-
tamental da criança e da família; identifica as emo-
ções e pensamentos associados ao ato de comer e
busca reestruturá-los; orientação aos pais; criação de
estratégias comportamentais para dessensibilização
e modelação.
Atua em casos de transtornos alimentares ou quando
as dificuldades alimentares estão associadas a outros
transtornos (p. ex.: transtornos de comportamento
disruptivo, TDAH, transtorno de ansiedade etc.).
Existem poucos registros sobre técnicas
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alimentares, sendo mais comuns estratégias
voltadas à anorexia e bulimia
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