Valor Econômico (2020-07-16)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 3 da edição"16/07/20201a CADB" ---- Impressa por ivsilvaàs 15/07/2020@20:41:27


Quinta-feira, 16 de julhode 2020| Valor|B3


Empresas|Infraestrutura


EnergiaSensaçãoédequeimpactosdacrisedacovid-19


forammenospioresdoqueosprevistosemmarço


Consumo melhora


e setor elétrico já


enxerga retomada


Fonte:CCEE

Retomadadoconsumo
Reduçãode mercado parou de se acentuaremostrou melhora em junho

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
-3,7% -1,4% -1,2% -12,1% -10,9% -4,6%

Consumode energiaelétricano Brasil- MWm

Consumopor mercadona pandemia- MWm

2019 2020

67.867

39.437

16.443

65.356 66.542 63.918 63.597 62.014
59.654

65.611 63.151
55.880 55.272 56.910

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

SIN Mercadoregulado(ACR) Mercadolivre(ACL)

Variação

abr/20 mai/20 jun/20

Consumopor mercadoante 2019 - %

-15

-12

-9

-6

-3

0

SIN Mercadoregulado(ACR) Mercadolivre(ACL)

abr/20 mai/20 jun/20

55.27 2 56.910

38.1 65 39.04 8

17.107 17.862

-12,1

-10,9

-4,6

-11,5
-13,6

-11,4

-9,7

-4,6 -4,6

55.880
Letícia Fucuchima
De São Paulo

Passadosquatromesesdoiní-
cio da pandemia,no setorelétri-
co a avaliaçãoé de que o pior da
crisejápassou:oconsumodeele-
tricidaderegistra quedas cada
vez menores,enquanto aina-
dimplência dos consumidores
retornoua níveispróximosdos
normais. Para agentesdo setor, o
balanço da crisese mostroume-
nos aterrorizante que o prenun-
ciado em meados em março,
muito em funçãodos esforços
empreendidos pelogoverno e
pela AgênciaNacionalde Ener-
gia Elétrica(Aneel)paraameni-
zarosimpactosaosetor.
Já se fala em retomada, ainda
que lenta,do consumo de ener-
gia. Após recuos superiores a
10% em abrilemaio,oindicador
fechouomês de junhocomre-
traçãode 4,6%na comparação
comigualperíodode 2019,se-
gundo estudosda Câmara de
Comercializaçãode EnergiaElé-
trica (CCEE).“Os dadosmostram
que a atividadeestá voltando, is-
so é perceptível nas cidades.
Nossaexpectativaéderetomada
da normalidadeàmedidaque
mais atividades sejam libera-
das”, afirma Rui Altieri, presi-
dente do conselhoda CCEE.
Essa trajetóriase manteve na
primeira quinzena de julho, com

a demanda mostrandorecupera-
ção frente aos níveisde junho,de
acordo com o Ministériode Mi-
nas e Energia (MME). Na avalia-
ção da pasta,isso corrobora as
projeções apresentadas pelo
OperadorNacionaldo Sistema
Elétrico (ONS) na última reunião
doComitêdeMonitoramentodo
SetorElétrico(CMSE)—na oca-
sião, estimou-se que acarga
(consumomaisperdas)possater
crescido2%emjunhoantemaio.

O próprio ONSjá trabalha
com a possibilidadede que, em
julho, acarga volteapatamares
do ano passado. No últimobole-
tim do órgão,aexpectativaé
que ademandaatinja63,1gi-
gawattsmédios(GWm) em ju-
lho, variação positivade 0,1% na
comparação com julho de 2019,
refletindo oretorno gradualda
atividadeem váriosestados.
Ainadimplência,outravariá-
vel que vinhapreocupandoas
distribuidoras,tambémmostrou
alívio.Oindicadorregistrouopi-
co em abril,subindopara 10%, e
desde então vemse reduzindo.

Em junho, chegou a cercade 3%,
ainda superior aos níveisde 1,9%
observadosem2019.Peloscálcu-
los do MME,oaumento da ina-
dimplência desdeoinício da
pandemiateve um impacto de
R$4bilhõesaosetor.
Apesar dos sinais positivos
nas últimassemanas,otombo
foi grande. A crisediminuiu for-
tementea arrecadaçãodas dis-
tribuidoras,que são a“portade
entrada” dos recursos no setor, e
fez o mercado questionar qual
seráoritmode expansão do
consumonos próximos anos.
No fim de junho,foi aprovado
um empréstimoemergencialde
R$ 14,8 bilhões ao setorelétrico.
A operação,apelidada de “Conta
Covid”, teve adesãode 50 das 53
distribuidoras atuantesno país e
envolveuum poolde 16 bancos
públicose privados.A linhade
apoiogarantirá o fluxode paga-
mentosno setore foi desenhada
para servircomoum “amortece-
dortarifário” aoconsumidor.
Entretanto, oempréstimo re-
solve apenas odesequilíbriofi-
nanceiro trazidopela crise—os
efeitoseconômicos às distribui-
dorasserãotratadosnumase-
gundafase, que deve ser iniciada
até o fim de agosto pela Aneel.
Um dos pontosaser discutidos é
asobrade contratos de energia,
cuja gestão tendeaelevaros cus-
tos das distribuidoras. Pelas pro-

jeçõesda CCEE,a sobrecontrata-
ção das empresasdeveatingir
16%,emmédia,nesteano.
MarcosMadureira, presidente
da Abradee (associaçãodas dis-
tribuidoras), prefere não falar
aindaem “re tomada”, embora
reconheçaque os dados vêm me-
lhorando. Em relaçãoà inadim-
plência, ele observaqueoindica-
dor podevoltarasubir devidoao
fim da isençãona contade luz
das famílias de baixarendahabi-
litadas na Tarifa Social.“Era um
segmentoque estava com100%
de sua contaquitadaeagora,a
partir de julho,não terá mais.
Mas aindanão conseguimosme-
direxatamenteesseimpacto”.

Demandaporenergia
vem melhorandomêsa
mêse inadimplência
retornoua níveisquase
normais,afirmaMME A Abradeetem alertado para
aurgênciaem tratardo equilí-
brioeconômico das concessio-
nárias de distribuição. “Nãode-
fendemosque seja aplicadoum
reajuste agoranas tarifas,não
faz sentido. Masénecessário,
sim, que possamosir constituin-
do essesvaloresnum processo
organizado pela agência para
que, à frente, tenhamosa recom-
posição”, afirmaMadureira.
Aindanãoestáclaro,paraose-
tor,comose daráarecuperação
do consumode energia.Para o
presidenteda consultoriaThy-
mos, JoãoCarlos Mello,ainda
existea possibilidadede uma
curva em “V”, desdeque haja

uma agendapositiva do Executi-
vo com o Congressoparao pós-
pandemia.Nessecenário,aThy-
mos projetaquedade 2,7% neste
ano, seguidade alta de 7,3% em
2021,pra70,8GWm.Numapers-
pectivaderetomadamaislenta,a
previsãoé de recuode 3,7%em
2020 e crescimentode 3,9%em
2021,para67,8GWm.
Altieri,da CCEE, afirmaque há
espaçopara crescimentoapartir
de 2024e 2025.“Só não avalia-
mos aindase esse espaçovai ser
tomadopornovosinvestimentos
em geração, ou pela geração dis-
tribuída,oque éuma possibili-
dade. Mas haverá mercadopara
contrataçãoapartirde2024.”

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