170 COMPARAÇÃO DE VÁRIAS MÉDIAS
entre os fertilizantes A e B. De fato, não havendo interação, o valor esperado desse contraste
é nulo, uma vez que os efeitos de A e de B são somados e subtraídos.1^141
Evidentemente, o contraste C 4 = (-1, 1, O, O), ou simplesmente x 2 -x 1 , também mediria
o efeito do fertilizante A, mas, não havendo interação, C 1 deve ser preferido, pois baseia-se
em maior número de observações.
Supondo agora que o tratamento 4 fosse constituído por um terceiro fertilizante, e que
quiséssemos medir o efeito médio dos três fertilizantes, poderíamos usar o contraste
C 5 = (-3, 1, 1, 1), o qual, normalizado, representaria a comparação
7.6.3 Induções quanto aos contrastes
Podemos desejar construir intervalos de confiança ou testar hipóteses a respeito de certos
contrastes. Para tanto, basta calcular a estimativa do desvio-padrão do contraste e utilizar
procedimentos semelhantes aos vistos nos Caps. 4 e 5.
Assim, admitindo que todas as populações tenham a mesma variância cr2, estimada por
s~. temos, por exemplo, o intervalo de confiança para o contraste C 1 normalizado dado, no
caso de todas as amostras serem de mesmo tamanho n, por
Note-se que a variância amostral de C 1 normalizado resulta de
-·-+-·-+-^1 s~^1 s~^1 ·-+-s~^1 ·---s~ _ s~
4 n 4n 4n 4n n
(7.40)
(7.41)
Analogamente, o leitor poderá verificar que, para o contraste C 5 , o intervalo de confiança
é dado por
Para amostras de tamanhos diferentes, esses intervalos seriam dados por
( X2; X4 X1; X3) ± tDl;-4, a/2. s1 Li=1 ~ i
e
(7.42)
(7.43)
(7.44)
[^141 Esse exemplo ilustra o caso que, na simbologia do delineamento de experimentos, seria considerado um
delineamento fatorial 22 , indicando que temos dois fatores envolvidos (fertilizante A, fertilizante B), a dois
níveis cada (sim, não). Se tivéssemos três fertilizantes, teriamos um delineamento 23. A esse respeito, ver,
por exemplo, a Ref. 17.