Outro ponto que se manteve como
antes é o consumo, com média igual
para a cidade (9,4 km/l) e ligeira-
mente melhor para a estrada (11,8
km/l). São praticamente os mesmos
números da líder Hilux, com moto-
rização menor – enquanto a reesti-
lização, prometida para os próximos
meses, não chega às lojas. Por outro
lado, é superior quando comparada
às versões 2.0 de 180 cv e 42,8 kgfm,
que fazem 8,8 km/l e 10,8 km/l.
Para quem conhece a picape da
marca alemã, não há muito a ser fa-
lado, já que a dinâmica permanece
igual, o que é admirável. Afinal, o
acerto está mais próximo de um SUV
que de um utilitário que ultrapassa
as duas toneladas: a suspensão é su-
ficientemente firme para controlar
as rolagens nas curvas (também aju-
dam os pneus dedicados ao asfalto) e,
mesmo sem peso na caçamba, a tra-
seira não fica “solta”.
Não é à toa que alguns proprietá-
rios orgulhosos se exibam nas redes
sociais, comparando a Amarok aos
sedãs da marca. Ainda que o acaba-
mento continue simples, com plásti-
cos rígidos por todos os lados da ca-
bine, há pouco ruído ou vibração que
lembrem o motor a diesel sob o capô.
E, para honrar a preocupação com
conforto, os bancos dianteiros têm
certificação de ergonomia da alemã
AGR – além de ajustes elétricos.
Neste contexto, a direção com
assistência hidráulica parece ainda
mais incoerente, pois alivia pouco
peso nas manobras do dia a dia e até
mesmo a velocidades elevadas. Pode
parecer besteira neste segmento, mas
as rivais Chevrolet S10 e Ford Ranger,
por exemplo, aposentaram o sistema
em favor da assistência elétrica (e fi-
28 quatro rodas novembro
teste | volkswagen amarok v6
Pacote Black style
inclui detalhes
escurecidos à versão
mais cara extreme
a cabine acomoda cinco adultos, ainda que o túnel central roube espaço atrás; rodas aro 20 são calçadas com pneus de asfalto
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