Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

resultados da mesma aferição feita por pessoas ou equipamentos diferentes (reprodutibilidade
interobservador). Por exemplo, um grupo de investigadores realizou um estudo sobre reprodutibilidade
para determinar se um novo estetoscópio eletrônico poderia melhorar a capacidade de detectar sopros
diastólicos.
Estudo sobre teste diagnóstico. Estudo que avalia se os resultados de um procedimento médico são
úteis para avaliar a probabilidade de um determinado diagnóstico em um paciente. Por exemplo, um
estudo de teste diagnóstico foi delineado para determinar se os níveis séricos de bicarbonato eram úteis
para diagnosticar sepse em pacientes com febre.
Estudo transversal. Delineamento no qual os sujeitos são selecionados e as aferições são feitas dentro
de um período limitado de tempo, geralmente para estimar a prevalência de uma exposição ou de uma
doença. Por exemplo, a prevalência de miopia foi estimada em um estudo transversal de 1.200
estudantes universitários em Berkeley, Califórnia.
Estudo-piloto. Pequeno estudo conduzido para determinar se um estudo maior é factível, assim como
para otimizar a logística e maximizar a eficiência do estudo maior. Por exemplo, um ensaio clínico
piloto sobre yoga restaurativo para a prevenção do diabetes em pacientes com resistência à insulina
poderia buscar demonstrar a factibilidade de medir a resistência à insulina; refinar e padronizar a
intervenção de yoga; e mostrar que é possível recrutar e randomizar participantes a grupos de yoga e
controle.
Estudos sobre testes médicos. Termo genérico usado para estudos que medem quão bem um teste (ou
uma série de testes) identifica pacientes com um determinado diagnóstico ou desfecho. Por exemplo, o
investigador realizou um estudo sobre teste médico para determinar as razões de verossimilhança para a
presença e ausência de angina típica (definida como dor ou pressão torácica subesternal aos esforços)
no diagnóstico de doença arterial coronariana.
Experimento. Na pesquisa clínica, é um estudo no qual os sujeitos são alocados aleatoriamente para
um (ou mais) grupo de tratamento ou comparação. Também é denominado ensaio clínico randomizado.
Por exemplo, os investigadores realizaram um experimento para avaliar se o medicamento X era
melhor do que o placebo para o tratamento da fibromialgia.
Exposição. Termo usado para indicar que um sujeito de um estudo tem um determinado fator de risco.
Por exemplo, a exposição ao ácido acetilsalicílico foi definida como tomar uma média de um ou mais
comprimidos de ácido acetilsalicílico (de qualquer dosagem) por semana durante o período anterior de
seis meses.
Heterogeneidade. Situação na qual a associação entre uma variável preditora e uma de desfecho não é
uniforme, seja entre diferentes estudos ou entre diferentes subgrupos de sujeitos. Por exemplo, há
heterogeneidade substancial entre estudos que examinaram os efeitos do estrogênio na pós-menopausa
sobre o humor e a cognição, com alguns estudos tendo mostrado efeitos positivos, alguns efeitos
adversos e alguns não mostraram efeito.
Hiperpareamento. Situação na qual o pareamento além daquele necessário para controlar o
confundimento reduz a capacidade do investigador de determinar se um fator de risco está associado
com um desfecho, uma vez que os controles se tornaram excessivamente semelhantes aos casos. Por
exemplo, uma vez que os controles foram pareados aos casos pela idade (± 3 anos), sexo, raça e
situação socioeconômica, o hiperpareamento tornou impossível determinar se a escolaridade estava
associada com o risco de acidente vascular encefálico em sujeitos com idade igual ou superior a 65
anos, pois as variáveis de pareamento são importantes determinantes da escolaridade naquele grupo
etário.
Hipótese alternativa. É a proposição, utilizada no processo de estimar o tamanho de amostra, de que

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