Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

existe uma associação na população entre a variável preditora e a de desfecho. Por exemplo, a hipótese
alternativa do estudo era de que adolescentes que fumam têm uma probabilidade diferente de
abandonar os estudos do que aqueles que não fumam.
Hipótese bilateral. Hipótese alternativa na qual o investigador está interessado em avaliar a
possibilidade de incorrer em um erro tipo I nas duas direções possíveis (p.ex., risco maior ou risco
menor). Por exemplo, um investigador testou a hipótese bilateral de que dançar salsa estava associado
com um aumento ou uma diminuição no risco de demência. Ver também hipótese unilateral.
Hipótese complexa. Uma hipótese de pesquisa que tem mais de uma variável preditora ou de desfecho.
Devem-se evitar hipóteses complexas, pois é difícil testá-las estatisticamente. Por exemplo, um grupo
de investigadores reformulou sua hipótese complexa de que “um novo programa de gerenciamento de
caso iria afetar tanto a duração da internação quanto a probabilidade de readmissão” em duas hipóteses
simples (“Um novo programa de gerenciamento de caso iria afetar a duração da internação” e também
que “Um novo programa de gerenciamento de caso iria afetar a probabilidade de readmissão”). Ver
também hipótese simples.
Hipótese de pesquisa. Declaração formulada pelo investigador que sumariza os principais elementos
do estudo, incluindo a população de interesse, as variáveis preditoras e de desfecho e um resultado
antecipado. Para fins estatísticos, a hipótese de pesquisa é formulada de modo a estabelecer a base para
os testes de significância estatística, geralmente incluindo uma hipótese nula e uma hipótese alternativa.
Por exemplo, a hipótese de pesquisa era que a enxaqueca estaria associada com um aumento de pelo
menos 20% no risco de acidente vascular encefálico.
Hipótese nula. É a forma da hipótese de pesquisa que especifica que não há diferença nos grupos que
estão sendo comparados. Por exemplo, a hipótese nula declarava que o risco de desenvolver
claudicação seria o mesmo em sujeitos com níveis normais de lipídeos e tratados com uma estatina do
que naqueles tratados com placebo.
Hipótese simples. Hipótese com apenas uma variável preditora e uma variável de desfecho. Por
exemplo, o investigador reformulou sua hipótese complexa em uma hipótese simples de que pessoas
que comem frutas pelo menos cinco vezes por semana têm menor probabilidade de desenvolver câncer
de colo do intestino. Ver também hipótese complexa.
Hipótese unilateral. Hipótese alternativa na qual o investigador está interessado em avaliar a
possibilidade de incorrer em erro Tipo I em apenas uma das duas direções possíveis (p. ex., risco maior
ou menor, mas não ambos). Por exemplo, um investigador testou a hipótese unilateral de que o
tabagismo estava associado a um risco aumentado de demência. Ver também hipótese bilateral.
Hipótese. Termo genérico para uma declaração sobre o que se acredita que o estudo irá mostrar. Por
exemplo, a hipótese de um estudo foi de que o uso crônico de antiepilépticos estava associado com um
risco aumentado de câncer oral. Ver também hipótese nula e hipótese de pesquisa.
Hipóteses post hoc. Hipóteses que são formuladas após os dados já terem sido analisados. Por
exemplo, em um estudo sobre a associação entre insônia e o risco de acidente vascular encefálico, a
hipótese de que a insônia aumenta o risco de diverticulite é uma hipótese post hoc.
Homogeneidade. Situação na qual a associação entre uma variável preditora e uma de desfecho é
uniforme em diferentes estudos. Por exemplo, há homogeneidade entre estudos de tamanho suficiente
que examinaram o efeito do tabagismo sobre o câncer de pulmão. Todos encontraram um risco
substancialmente aumentado em fumantes.
Identificador único. Coluna em uma tabela de um banco de dados relacional (melhor identificada por
uma chave principal) que inclui informações sobre a pessoa, transação, resultado ou evento. Por

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