Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

protocolo.
Kapa. Termo estatístico que mede o grau em que dois (ou mais) observadores concordam ou não sobre
a ocorrência de um fenômeno, além do que seria esperado pelo acaso. Varia de -1 (discordância total) a
1 (concordância total). Por exemplo, o kapa comparando o quanto dois patologistas concordavam sobre
a presença de cirrose em uma amostra de lâminas de tecido hepático era de 0,85.
Má-conduta científica. Termo genérico para condutas que visam a enganar a comunidade científica,
incluindo má conduta em pesquisa (fabricação, falsificação de dados e plágio), assim como autoria
honorária e fantasma e conflitos de interesses não relatados ou manejados. Por exemplo, a instituição
do investigador considerou que ele era culpado por má conduta científica porque não relatou que tinha
ações da empresa que fabricou o equipamento médico que ele estava estudando.
Má-conduta em pesquisa. Conduta ilegal ou antiética em um estudo, incluindo plágio e fabricação ou
falsificação de dados de pesquisa. Por exemplo, descobriu-se que um coordenador de pesquisa no VA
Medical Center, em Albany, Nova Iorque, repetidamente submetia documentações falsas para permitir
que pessoas que não se qualificavam para um estudo fossem arroladas. Todos os dados do centro de
Albany foram posteriormente excluídos, de modo que o tempo e os esforços dos participantes foram
desperdiçados. Ver também má conduta científica.
Magnitude de efeito. No contexto do planejamento do tamanho de amostra, é uma medida do tamanho
da diferença que o investigador quer detectar entre os grupos que serão comparados, ou do tamanho da
associação. Por exemplo, um grupo de investigadores baseou suas estimativas de tamanho de amostra
em uma magnitude de efeito correspondente a uma diferença na glicemia entre dois grupos de 20
mg/dL.
Marcador substituto. Medida que se imagina estar associada com desfechos clinicamente relevantes.
Um bom marcador substituto geralmente mede mudanças em um fator intermediário na rota principal
que determina o desfecho clínico. Por exemplo, um aumento na contagem de linfócitos CD4 em
pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um bom marcador substituto
para a efetividade de antirretrovirais, pois prediz um risco mais baixo de infecções oportunistas.
Mascaramento. Ver cegamento.
Média. O valor médio de uma variável contínua em uma amostra ou população; calculado como a
soma de todos os valores daquela variável dividida pelo número de sujeitos. Por exemplo, a média dos
níveis séricos de colesterol em uma amostra de 287 mulheres de meia idade era de 223 mg/dL. Ver
também mediana e desvio-padrão.
Mediador. Uma variável que é causada pelo preditor de interesse e também causa o desfecho; ela
responde, pelo menos em parte, por como o preditor causa o desfecho. Por exemplo, ao estudar o efeito
da obesidade sobre o risco de acidente vascular encefálico, os investigadores não controlaram para o
diabetes, pois eles acreditavam que um mecanismo pelo qual a obesidade poderia levar ao acidente
vascular encefálico era como mediador causando o diabetes.
Mediana. Valor de uma variável que divide uma amostra ou população em duas metades de tamanho
(aproximadamente) igual. Equivalente ao percentil 50. Com frequência, utilizada quando uma variável
contínua tem alguns poucos valores muito elevados (ou muito baixos) que podem influenciar
excessivamente a média. Por exemplo, a mediana da renda anual na amostra de 54 médicos era de
$225.000. Ver também média e desvio-padrão.
Medições pareadas. Medições fortemente relacionadas umas com as outras de alguma forma, como
aquelas realizadas em lados diferentes da mesma pessoa, diferentes membros de um par de gêmeos ou
(o que é mais comum) o mesmo participante em dois momentos diferentes, como antes e depois de uma

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