Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

Por exemplo, após o banco de dados ter sido normalizado por um consultor de banco de dados, ele
conseguiu atualizar o número de telefone de um sujeito apenas alterando uma única linha em uma única
tabela.
Número necessário tratar. Número absoluto de pessoas que recebem um tratamento para prevenir a
ocorrência de um desfecho. Calculado como a recíproca da diferença de riscos. Por exemplo, ao avaliar
os benefícios de tratar a hipertensão leve a moderada, o número necessário tratar era de 800 pacientes
por ano para prevenir um acidente vascular encefálico.
Objetivos específicos. Em uma proposta de pesquisa, declarações breves sobre os objetivos da
pesquisa. Por exemplo, um objetivo específico de um ensaio clínico sobre o efeito da testosterona na
densidade mineral óssea em homens poderia ser: “Testar a hipótese de que, comparados com homens
designados para receber adesivo placebo, aqueles designados para receber o adesivo de testosterona
terão menor perda óssea durante três anos de tratamento”.
Padrão-ouro. Método não ambíguo de determinar se um paciente tem ou não uma determinada doença
ou desfecho. Por exemplo, o padrão-ouro para o diagnóstico de fratura de quadril exigia confirmação
radiológica por um radiologista certificado.
Padronização. Instruções específicas e detalhadas sobre como realizar uma aferição, com o objetivo de
maximizar a reprodutibilidade e a precisão da aferição. Por exemplo, em um estudo que mede a pressão
arterial, a padronização dessa aferição poderia incluir instruções sobre como preparar o participante,
que tamanho de manguito usar, onde posicionar o manguito, o quanto insuflar e desinsuflar o manguito
e quais ruídos cardíacos indicam a pressão sistólica e a diastólica.
Pareamento. Em um estudo de caso-controle, é o processo de selecionar controles que sejam similares
em relação a certos atributos aos casos, para reduzir o confundimento por esses atributos. Por exemplo,
em um estudo de caso-controle sobre os fatores de risco para brucelose, os controles foram pareados
aos casos por idade (intervalo de três anos), sexo e município de residência. Ver também
hiperpareamento.
Particionamento recursivo. Técnica multivariada para classificar as pessoas de acordo com seu risco
de um desfecho; ao contrário de técnicas que exigem um modelo, como a regressão logística, o
particionamento recursivo não requer pressupostos sobre a forma da relação entre as variáveis
preditoras e de desfecho. Ele cria uma árvore de classificação que inclui uma série que questões do tipo
sim/não, denominada Árvore de Classificação e Regressão (CART, Classification and Regression
Tree). Por exemplo, por meio do particionamento recursivo, um grupo de pesquisadores determinou
que pacientes de 20 a 65 anos de idade, que consultavam em serviço de emergência por dor abdominal
mas não tinham perda de apetite, febre ou dor à descompressão súbita, tinham baixo risco de
apendicite. Ver regra de predição clínica e sobreajuste.
Participante. Alguém que participa em um estudo. O termo participante muitas vezes é preferido em
relação a sujeito, pois enfatiza que a pessoa arrolada no estudo é um participante ativo para o avanço da
ciência, e não meramente um sujeito que está sendo examinado. Por exemplo, em um estudo sobre um
novo medicamento para o tratamento da insônia, os participantes são as pessoas elegíveis para um
estudo e que são recrutadas para ele.
Participantes vulneráveis. Potenciais participantes do estudo que estão em maior risco para serem
usados de forma eticamente inadequada na pesquisa. Por exemplo, uma vez que pessoas com limitação
cognitiva ou problemas de comunicação podem ser incapazes de fornecer o consentimento informado
completo para participar na pesquisa, eles são considerados pessoas vulneráveis. Outros exemplos
incluem crianças, presidiários, fetos e pessoas em situação socioeconômica desfavorável.
Período de run-in. Em um ensaio clínico, é o breve período durante o qual todos os participantes

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