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(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Exame/Nacional - Economia
quinta-feira, 11 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - FMI

Washington também insistiu que o Reino Unido e a
França pagassem até o último centavo as dívidas de
guerra. Muito mudou desde então. Os Estados Unidos
são agora uma nação devedora, consumindo mais do
que produz. Em quatro anos no cargo, Trump reviveu o
isolacionismo, até ressuscitando o lema “Estados
Unidos em Primeiro Lugar” com o qual o presidente
Warren Harding fez campanha em 1920. Mas, como há
100 anos, os Estados Unidos não podem escapar das
obrigações que acompanham o fato de ser a maior
economia do mundo.


O presidente Joe Biden deve tentar demonstrar que o
país é, de novo, um parceiro confiável. Enquanto isso, a
noção de que a pandemia de covid-19 é um tipo de
trampolim que impulsionará o país em direção a um
futuro brilhante não é apenas desanimadora, mas está
errada. As pandemias prejudicam as sociedades de
forma duradoura, muito além do número de mortos.


Em outubro, o FMI publicou um artigo dos economistas
Tahsin Saadi Sedik e Rui Xu que revelou um círculo
vicioso: pandemias reduzem a produção e aumentam a
desigualdade, alimentando a agitação social, que reduz
ainda mais a produção e piora a desigualdade. O estudo
foi baseado em surtos de doenças em 133 países de
2001 a 2018. Uma última lição do estudo é que a
história tem algo a nos ensinar, ao contrário do que se
pensava nos anos 1920.


“Os nervos dilacerados ansiavam pelos anódinos da
velocidade, da excitação e da paixão”, escreveu
Frederick Lewis Allen em 1931 no livro Only Yesterday:
An Informal History of the 1920s (“Foi apenas ontem:
uma história informal sobre a década de 1920”, numa
tradução livre). Nossos nervos também estão em
frangalhos. Mas aprender com o passado pode ajudar a
iniciar a cura.


Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
FMI

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