167
AMIGO: E aí, como foi a consulta? É muito grave?
Mauro: Parece que a consulta ainda nem começou, meu amigo.
Mauro vai para casa e passa dias pensando se deve marcar ou não a
consulta no terreiro.
VAI PRA ONDE? ∙ EXT. ESTAÇÃO DO METRÔ ∙ NOITE
Frustrado, após um dia em busca de trabalho, Mauro está sentado
aguardando o metrô para ir para casa. Ele está pensativo se deve ou
não ir para a consulta. Ele coloca a mão no bolso e vê o papel com o
endereço do terreiro. Ao olhar para o lado ele vê uma senhora.
MAURO: Boa noite! A senhora poderia me dizer as horas?
SENHORA: Está na hora é de você mudar o seu destino. Acho bom
você ir para o outro lado. Esse caminho aqui não tem mais nada
para você.
Ao ouvir o som do metrô se aproximando, Mauro se levanta. Ele olha
para trás e percebe que a senhora não está mais lá. Nesse meio
tempo, o metrô vai embora. Mauro olha mais uma vez para o papel.
De repente, um vento forte faz com que o papel vá parar do outro da
linha do metrô. Mauro se desespera. Ele sobe as escadas correndo e
vai para o outro lado.
O papel foi parar em cima do banco. O metrô com destino ao
Calabetão*, bairro onde fica o terreiro, se aproxima. Mauro olha para
o outro lado e vê, novamente, a senhora. Mauro entra no metrô e
segue em destino ao Calabetão.
COMEÇANDO A JORNADA ∙ EXT. TERREIRO ∙ NOITE
Mauro chega ao Calabetão. Ele está pensativo, ainda inseguro com
sua decisão. Seus passos são curtos.
Sua caminhada até o terreiro começa embaixo da estação do metrô.
Ele desce a ladeira e se depara com uma rua ainda movimentada.
Apesar de não estar familiarizado com o bairro, Mauro anda pela rua
cumprimentando as pessoas que por ele passam.
A rua é composta por mercearias, campo de futebol, borracharia,