pedido de socorro. Deu um
grito qualquer, na intenção
de chamá-lo, mas sua voz
se perdeu no ar.
Indeciso, confuso,
amedrontado, Anastácio
sentou no banco e
esperou. Precisava se
refazer do susto. Precisava
pensar com calma antes
de tomar alguma decisão.
Percebeu então que o
caíque estava parado,
imóvel. Estaria ancorado
no porto? Caminhou,
agachado e agarrando-se
nas bordas, de ponta a
ponta e só via água por
todos os lados. Com
certeza, ainda estava no
meio do rio. Gritou de
novo: – olá!, hei!, socorro!
Mas o socorro não
apareceu. Começou a
remar com as mãos e se
surpreendeu ao perceber
que o caíque se
movimentava. Reforçou o
esforço e a embarcação
ganhou alguma
velocidade. De repente,
percebeu que estava
encostando numa margem
do rio; era um lugar
desconhecido, mas era
terra firme.
Aliviado, respirou fundo,
saiu da embarcação, mas
tudo de repente
escureceu. Não conseguia
enxergar nada, não sabia
onde estava, nem como
sair dali. Foi quando ouviu
um grito.
Fazia mais de uma hora
que estava sentado na
terra seca, olhando as
borboletas e esperando
alguém que o levasse em
passeio de caíque pelo rio.
Desistiu de esperar e
retornou pra casa. Ao
chegar, o pai perguntou:
- Onde você estava até
agora? - Me convidaram pra fazer
um passeio de caíque pelo
rio e eu fui. Fiquei