bastante além da conta, o pai parecera engraçado. A mãe declarara que ele a embaraçara
perante os seus amigos. Nunca nenhum deles bebia muito, nem tão-pouco as filhas,
apesar de elas beberem mais do que os pais. Candy frequentava muitas festas e andava na
farra muito mais do que as outras, mas ainda era nova e movimentava-se num meio mais
dissoluto, por causa do seu trabalho. Nenhuma das outras perdia o controlo e, mesmo
assim, Candy continuava a manter-se dentro dos limites aceitáveis. Sabiam que Annie
fumava droga com os artistas seus amigos, mas levava o seu trabalho tão a sério que não
gostava de ficar pedrada com muita frequência. Fizera-o mais vezes quando andava na
faculdade, mas nenhuma delas tinha problemas de abuso de substâncias ilícitas e nem os
seus pais. Era um grupo bastante saudável. Chris bebia mais do que Sabrina e gostava da
sua vodca quando saía, mas nunca bebia até ao exagero. Para Tammy, ele parecia ser o
homem perfeito, em especial comparado com os tarados que ela conhecia.
— Acho que vai ser mesmo uma pena se tu e o Chris não se casarem um dia — comentou
Tammy quando foi pôr as chávenas de café na máquina de lavar loiça. — Já vais fazer
trinta e cinco anos em Setembro. Se quiseres ter filhos, não podes arrastar as coisas para
sempre. Além disso, ele pode cansar-se de esperar. Vocês nem sequer moram juntos.
Estou surpreendida com o facto de ele não te pressionarO Chris também já não vai para
novo.
— O Chris só tem trinta e seis anos. E às vezes pressiona-me mesmo. Eu limito-me a
dizer-lhe que não estou pronta. Não sei se alguma vez estarei. Gosto das coisas como elas
estão agora e passamos a noite juntos três ou quatro vezes por semana. Gosto de ter um
tempo livre só para mim. Trabalho bastante à noite.
— És uma miúda mimada — comentou Tammy.
— Pois é, acho que sou mesmo — admitiu Sabrina.
— Deixa-me dizer-te uma coisa: se eu alguma vez encontrasse um tipo como ele,
agarrava-o com unhas e dentes. E se o perderes porque não queres casar? — perguntou
Tammy e já não era a primeira vez que pensava sobre isso.
Tammy achava que Chris era tremendamente paciente com a irmã e sabia que ele queria
ter filhos. Sabrina também não tinha a certeza disso. Não quereria perder os filhos e
dividi-los numa custódia conjunta, caso alguma vez se divorciasse. Sabrina era afectada de
uma maneira deveras intensa e profunda pelo seu trabalho e pelos problemas
desagradáveis que resolvia para os seus clientes, todos os dias.
— Não sei. Acho que vou deixar de me preocupar com isso quando acontecer, se é que
alguma vez vai acontecer. Por agora tem dado resultado.
Tammy abanou a cabeça em sinal de desagrado.
— E aqui estou eu a prometer a mim mesma que vou recorrer a um banco de esperma
quando tiver a tua idade, se não tiver encontrado o homem certo, o que é mais do que
provável, enquanto a ti saiu-te a sorte grande com o fulano mais fantástico do planeta,
que quer casar e ter filhos e tu queres viver sozinha e ficar solteira para sempre. Que
merda. A vida é mesmo injusta.
— É mesmo. E não te atrevas a recorrer a um banco de esperma, minha parva. O tipo
certo vai aparecer.
— Não na minha profissão. E não em LA. Isso é quase certo. Não fazes ideia de como
aqueles fulanos são doidos. Já nem me dou ao trabalho de sair com nenhum, nem de
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1