consultar os registos?
— Foi o Dremmler que te contou?
— Não interessa quem foi. Ias trair-me. Ias procurar-me nos registos. O
Dremmler mandou-te ligar-lhe imediatamente, por ser muito importante para a
causa.
— Nada disso, pá. Isso é uma tanga. Como podia eu fazer isso? Quem iria
voltar a confiar em mim?
— Então porque não inventaste um nome logo no bar?
Schlupp não respondeu.
— Mostra-me os registos — ordenou Wiley.
Schlupp levantou-se a custo e voltaram a percorrer o corredor da mesma
forma, mas mais devagar, sem que a pistola largasse por um segundo as costas
de Schlupp, até chegarem a um quarto pequeno que estava a ser utilizado como
escritório.
Schlupp apontou para uma estante alta.
E disse:
— O dossiê vermelho.
Que era como um dossiê de três argolas, só que tinha quatro. Páginas pré-
furadas, com linhas em código escritas à mão, não palavras estapafúrdias em
colunas individuais, talvez o nome antigo, o novo nome, passaporte, carta de
condução, bilhete de identidade.
— Qual deles sou eu? — perguntou Wiley.
— Eu não te ia trair.
— Porque não inventaste um nome logo no bar?
— O Dremmler é um tangas, pá. Neste preciso momento, julga que andas
embrenhado no país, numa carrinha de distribuição, à procura de ouro nazi. Mas,
como é evidente, não estás. Portanto, enganou-se em relação a isso, o que quer
dizer que pode muito bem estar enganado em relação a tudo. É lógico, não é?
Porquê dar-lhe sequer ouvidos?
— Não dei — retorquiu Wiley. — Dei ouvidos ao barman. O Dremmler
perguntou e tu respondeste. Ias trair-me. Se não o quisesses fazer, tinhas-lhe
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1