contratar.
Eva parou. Tine seguiu em frente, mais alguns passos, até que Eva resolveu
também continuar. Estavam a poucos metros uma da outra.
- Tine, escute: Brix esteve em Amalienborg pouco antes de morrer.
- E como você sabe disso?
- Vamos dizer que se trata de um testemunho em primeira mão. Você conhecia
Brix?
Dessa vez, foi Tine quem deu alguns passos em direção a Eva. - Pessoalmente, não – respondeu.
- Mas já topou com ele?
- Sim, em várias ocasiões. Mas isso foi antes de terem me colocado em
quarentena. - Puseram você em quarentena? Por quê?
- Desculpe-me, mas do que se trata? Por que é que a gente está aqui conversando?
- O assunto é Brix. O que você quis dizer com quarentena?
Tine Pihl não ficou satisfeita com a resposta de Eva. Deu para perceber isso
quando respondeu: - Já não sou bem-vinda na alta sociedade. É por isso que não estou mais na Billed-
Bladet. Agora fico dando conselhos na internet. – Olhou rapidamente para Eva. –
Não posso ser mais clara que isso. - E por que não?
- Como se você já não soubesse! – disse Tine, irritada. – Precisava mesmo vir me
procurar para saber uma coisa que você já sabia? Uma coisa que você vai achar em
qualquer dos livros que eu escrevi? No total, doze. Pelo menos desde a última venda
de encalhes. - Christian Brix não se matou, e as últimas pessoas com quem esteve antes de
morrer eram gente de Amalienborg. Foi na noite anterior. - Você está dizendo que a rainha matou Brix? – Deu uma risada rouca, que