- Estou brava com aquela família porque me trataram feito merda. E porque
tratam feito merda todos os empregados, inclusive a minha irmã. Isso basta para
você? - A sua irmã? Ela também trabalha lá?
Na mesma hora, uma ideia tomou forma na cabeça de Eva. Talvez tivesse sido por
isso que Tine Pihl a mandou ali. - Você consegue me fazer entrar lá de penetra?
Olhar de surpresa. - Nos palácios?!
- É.
- Em alguns deles, dá para agendar visita guiada para praticamente todos os dias
úteis do ano. Claro, é só pagar um valor considerável. - Você não entendeu. Não podem saber que vou lá. Estão atrás de mim.
- Quem?
- Alguém ligado a quem mora lá.
- O que foi que você fez?
- A Tine não contou nada?
- Contou um pouco. Eu gostaria de ouvir da sua boca.
- Preciso da sua ajuda para entrar – disse Eva, desvencilhando-se da pergunta. –
Ou da ajuda da sua irmã. Você tem como fazer isso por mim? - Ah, era possível na minha época!... – disse Rigmor, e a lembrança dos velhos
tempos lhe arrancou um sorriso. - Você está falando do quê?
- Faz quanto tempo? Deve fazer quase quinze anos que acabou, se é que alguma
vez existiu de fato. - Você vai ter que ser mais clara.
- Como vou explicar? Era, digamos, uma prática entre alguns dos empregados.
De noite, em troca de dinheiro, deixavam os amigos entrarem. Uma visitinha
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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