Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1




O fármaco para uso intravenoso é metoprolol, 5 mg em 5 min, repetir em intervalos
de 5 a 10 min (máximo de 15 mg).
As contraindicações para uso de betabloqueadores incluem história de
broncospasmo grave; PAS < 90 mmHg; bradicardia sintomática; BAV de 2o ou 3o grau;
insuficiência cardíaca descompensada; Killip > 1; devem ser evitados inicialmente em
infartos grandes com potencial de disfunção miocárdica, principalmente intravenosos,
segundo dados do estudo COMMIT. Podem ser mantidos em pacientes que já os
utilizam se não estiverem em Killip III ou IV (I B).


Bloqueadores do canal de cálcio


Os não di-hidropiridínicos devem ser usados quando houver contraindicação ao
betabloqueador (I B); os di-hidropiridínicos devem ser usados para angina variante
(Prinzmetal) (I B). Até o momento, não há estudos que demonstrem redução de
mortalidade.


Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)/bloqueadores dos receptores
de angiotensina II (BRA)


Apresentam benefício se utilizados a longo prazo. Antes de introduzir o medicamento,
aguardar estabilização do paciente (primeiras 24 h do evento).
São mais bem indicados se houver risco intermediário ou alto com infarto de parede
anterior e disfunção miocárdica (I A), se forem pacientes diabéticos (I A) e hipertensos
(I A) e, para uso rotineiro, a todos os pacientes (IIa B).
Usar BRA em caso de contraindicação aos IECA.


Estatinas


Indicadas a todos os pacientes. Reduzem a taxa de novos eventos cardiovasculares,
devendo ser prescritas durante a internação para facilitar adesão depois da alta,
preferencialmente as de alta potência (atorva ou rosuvastatina). Os principais
medicamentos são:


Sinvastatina: 40 mg/dia
Atorvastatina: 40 a 80 mg/dia
Rosuvastatina: 10 a 20 mg/dia.
Deve ser dosado o perfil lipídico de todos os pacientes em até 24 h da
hospitalização. O colesterol LDL (low-density lipoprotein) deve ser mantido abaixo de
70 mg/dℓ (I A). Se os níveis de LDL estiverem acima desse valor, deve-se iniciar ou
intensificar a terapia hipolipemiante (I A).


DESTINO DO PACIENTE


Pacientes com angina instável (AI) de risco moderado ou alto e IAM sem supra de ST

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