das ocorrências. Aneurismas da aorta ascendente podem cursar com insuficiência
aórtica, provocando sintomas de insuficiência cardíaca ou tromboembolia. Os
aneurismas do arco e da aorta descendente podem comprimir a traqueia, causando
dispneia, tosse e até hemoptise. A compressão do esôfago pode levar a disfagia.
Quadro 25.2 Classificação anatômica. Pode haver acometimento de mais de um
segmento.
Aneurisma de aorta ascendente: entre a válvula aórtica e o tronco braquiocefálico (60%)
Aneurisma do arco aórtico: acometimento dos vasos braquiocefálicos (10%)
Aneurisma de aorta descendente: acometimento distal à artéria subclávia esquerda (10%)
Aneurisma toracoabdominal: acometimento da transição toracoabdominal (10%)
Ruptura é uma apresentação grave com dor de forte intensidade; geralmente ocorre
dentro do espaço pleural esquerdo ou no mediastino, originando hipotensão e óbito.
DIAGNÓSTICO
Radiografia de tórax
Pode mostrar alargamento mediastinal, alargamento do arco aórtico ou desvio traqueal.
Apesar da baixa sensibilidade (aproximadamente 40%), é o método de detecção de
muitos casos assintomáticos durante exames de rotina.
Ecocardiografia transtorácica
É o método diagnóstico inicial para avaliação do diâmetro da raiz da aorta torácica e da
aorta ascendente, mas não tão efetiva para visualizar a aorta medial, a ascendente
distal ou a torácica descendente. O ecocardiograma transesofágico deve ser reservado
para casos duvidosos, com suspeita ou presença de dissecção associada.
Angio-TC e angio-RM
São excelentes métodos para avaliar as dimensões do aneurisma além da anatomia da
aorta torácica e seus ramos. Pela menor variação inter e intraobservador, estes são os
melhores exames para acompanhar a evolução da doença. A angio-RM é preferível
para a avaliação da raiz aórtica, pois a angio-TC faz imagens menos precisas e com
menor acurácia para avaliar seu diâmetro.
Angiografia
Apesar de fornecer as informações mais precisas e confiáveis sobre as dimensões
intraluminais dos aneurismas, é um método invasivo que utiliza doses altas de
contraste e não possibilita adequada visualização das estruturas extraluminais.
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E INDICAÇÕES À TERAPIA INTERVENCIONISTA