Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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suspeita de que a insuficiência mitral tenha etiologia isquêmica (Tabela 29.2).
Os medicamentos que podem ser usados no tratamento da IM com seus
respectivos graus de recomendação são:


Vasodilatadores e diuréticos intravenosos em casos agudos, sintomáticos, enquanto
se aguarda definição cirúrgica (I B)
Diuréticos para insuficiência mitral crônica e sintomática, aguardando definição
cirúrgica (I C)
Vasodilatadores orais para insuficiência mitral crônica sintomática, aguardando
definição cirúrgica (I B)
Digitálicos para controle da frequência cardíaca em fibrilação atrial associada a
insuficiência mitral significativa (IIa C)
Não se indicam vasodilatadores e diuréticos para casos de IM crônica assintomática
sem hipertensão arterial sistêmica.

TRATAMENTO PERCUTÂNEO


Possibilidades de tratamento percutâneo para IM vêm sendo estudadas e despertam
muito interesse, por serem menos invasivas. Entre elas estão anuloplastia e clipe
mitral.


Tabela 29.2 Quantificação ecocardiográfica da insuficiência mitral.


Leve Moderada Significativa
Área do jato regurgitante com Doppler
colorido (cm^2 )

Área pequena, jato central (< 4 cm^2 ou
< 20% da área do átrio esquerdo)

20 a 40% da área do átrio
esquerdo

> 40% da área do átrio
esquerdo
Vena contracta (cm) < 0,3 0,3 a 0,69 ≥ 0,7
Volume regurgitante (mℓ/batimento) < 30 30 a 59 ≥ 60
Fração regurgitante (%) < 30 30 a 49 ≥ 50
Área do orifício regurgitante (cm^2 ) < 0,2 0,2 a 0,39 ≥ 0,4
Dimensão do átrio e ventrículo
esquerdos - - Aumentada

TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico para IM varia conforme dados clínicos e ecocardiográficos do
paciente e pode ser indicado nas seguintes situações:


IM sintomática com fração de ejeção > 30% e diâmetro sistólico de ventrículo
esquerdo (DSVE) ≤ 55 mm (recomendação classe I com preferência pela plastia
mitral sobre a troca valvar)
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