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Uso de betabloqueadores é útil quando existe documentação de arritmias (em geral
extrassístoles supraventriculares ou ventriculares), principalmente em pacientes com
ansiedade, nervosismo e taquicardia. Não se recomenda uso rotineiro sem
confirmação objetiva de arritmias, por mais que palpitação seja um sintoma comum
Acompanhamento psiquiátrico se necessário
Tratamento cirúrgico é indicado a pacientes com PVM e IM sintomáticos (classe
funcional II a IV)
Tratamento cirúrgico também pode ser indicado, desde que realizado em centros
experientes, a pacientes assintomáticos com fração de ejeção (FE) entre 30 e 60% e
DSVE > 40 mm ou mesmo pacientes com FE > 60% mas que desenvolvam
hipertensão pulmonar, FA ou disfunção sistólica ventricular esquerda (DSVE) > 40
mm no acompanhamento.
ESTENOSE AÓRTICA
Obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo pela calcificação das estruturas
valvares, associada ou não à fusão dos folhetos da valva aórtica. É a doença valvar
aórtica adquirida mais frequente e está presente em 4,5% da população acima de 75
anos. Suas principais causas são EAo congênita, calcificação (seja ela em uma valva
aórtica bicúspide ou não) e febre reumática (Quadros 29.2 e 29.3).
Quadro 29.2 Manifestação clínica de estenose aórtica.
Sintomas cardinais: dispneia, dor torácica e desmaio (3 D)
Bloqueios atrioventriculares por extensão da calcificação ao sistema de condução
Sangramento gastrintestinal
Endocardite infecciosa
Embolização, com eventos isquêmicos cerebrais
Morte súbita
Achados tardios: fibrilação atrial, hipertensão pulmonar, hipertensão venosa sistêmica
Quadro 29.3 Exame físico.
Pulso carotídeo parvus et tardus
Pressão de pulso e pressão sistólica reduzidas, porém esses sinais podem estar ausentes em idosos
Sopro sistólico de ejeção, mais audível na base do coração, com irradiação para artérias carótidas
Há aumento da intensidade do sopro com agachamento e redução da intensidade durante a manobra de Valsalva e na posição
ereta