sintomática e refratária ao tratamento clinico. A valvuloplastia tricúspide por cateter-
balão é uma alternativa segura, eficaz e com baixas taxas de complicações, uma boa
opção mesmo para ET moderada, exceto se existir trombo ou vegetação no átrio
direito. Nesses casos, o tratamento cirúrgico convencional é a escolha, assim como
quando há indicação à intervenção de valvopatias em câmaras esquerdas.
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE
Em geral, a insuficiência tricúspide não é secundária a causas primárias, como doença
reumática, endocardite infecciosa, degeneração mixomatosa ou doenças congênitas
(anomalia de Ebstein), mas é secundária a causas funcionais, ou seja, por disfunção
secundária da válvula. Entre as principais causas estão a sobrecarga ventricular direita
decorrente de hipertensão pulmonar, a insuficiência cardíaca esquerda (especialmente
quando relacionada com valvopatia mitral) e a isquemia de câmaras direitas.
Para o tratamento farmacológico, indicam-se diuréticos se houver sinais e sintomas
de congestão sistêmica (ascite, estase jugular, dispneia e edema periférico). Para IT
secundária à disfunção ventricular esquerda, o tratamento envolve fármacos como
inibidores da enzima conversora da angiotensina e betabloqueadores. Em casos
específicos de HP, podem ser necessárias medicações específicas, como os inibidores
de fosfodiesterase-5 e os antagonistas de endotelina.
O tratamento intervencionista, valvuloplastia tricúspide por cateter-balão (VTCB) ou
tratamento cirúrgico da valva tricúspide em pacientes com IT significativa e sintomática,
estão indicados a indivíduos refratários ao tratamento clínico. O tratamento cirúrgico é
indicado ainda a pacientes que serão submetidos também à cirurgia valvar em câmaras
esquerdas. A VTCB está contraindicada a portadores de insuficiência tricúspide
significativa.
ESTENOSE PULMONAR
Tem como principal causa a EP congênita. Quando manifestada ainda no período
neonatal, vem acompanhada de cianose por shunt direita-esquerda. Após essa fase,
geralmente é assintomática. Entre as causas não congênitas, podem-se citar tumores
cardíacos ou aneurisma do seio de Valsalva.
O tratamento da EP é indicado a pacientes sintomáticos com gradiente de pico
sistólico entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar maior que 30 mmHg e aos
assintomáticos quando o gradiente de pico for maior que 40 mmHg. O procedimento de
escolha é a valvuloplastia pulmonar por cateter-balão (VPCB), ficando o implante de
bioprótese em posição pulmonar para aqueles com indicação de intervenção e
impossibilidade técnica de realização da VPCB.