O top dos espumantes são os champanhes, mas a opção poderá recair sobre um nacional. Os
espumantes nacionais já adquiriram credibilidade e fama no mercado internacional, aboca-
nhando vários prêmios. Ademais, os nacionais apresentam ótima relação qualidade/preço,
podendo-se encontrar bons exemplares entre R$ 50,00 a R$ 80,00. Minha dica, entretanto, é
de um nacional um pouco mais sofisticado. O Espumante 130 da Casa Valduga, Brut, produzi-
do pelo método tradicional (como os champanhes), com as uvas chardonnay (branca) e pinot
noir (tinta), de safras diferentes e tradicionais. É um espumante complexo, fino e elegante. Na
taça exibe cor palha esverdeada, perlage intensa, bolhas pequenas e duradouras. No aroma
apresenta notas cítricas, de mel e de fermento. No paladar é seco, cremoso, com ótima acidez,
final longo e equilibrado.
AVALIAÇÃO:
BEBER / GASTRONOMIA
França, podem ostentar esse título no rótulo.
Os demais recebem outras denominações,
dependendo da origem, como o Cava, na Es-
panha, o Prosecco, na Itália ou simplesmente
espumante nas demais regiões do mundo.
Devem ser apreciados bem refrescados
para se aproveitar todo aroma e sabor, para
isso coloque num balde com bastante gelo e
água por cerca de 1 hora, ou então, coloque no
congelador por cerca de 45 minutos.
Para preservar as bolhas a rolha não deve
ser estourada, pois o estouro libera muito
gás, diminuindo os aromas e sabores da bebi-
da. Para evitar que isso ocorra, libere a rolha
suavemente, segurando a garrafa e girando a
rolha devagar até provocar um suspiro silen-
cioso. É mais charmoso e mais romântico.
A casta mais importante na produção
de espumantes é a uva branca chardonnay.
Quando o espumante é produzido exclusiva-
mente com uva branca é chamado de Blanc
de blancs, quando é feito com mistura de
uvas tintas é denominado de Blanc de noirs e
quando é rosé, foi produzido com a mistura
de vinhos brancos e tintos.
Os espumantes não são feitos para enve-
lhecer e normalmente não são safrados, uma
vez que são misturas de vinhos de diferentes
safras. Somente quando em determinado
ano se tem uma colheita excepcional é que se
produz vinhos safrados, chamados de vinta-
ge, e, nesse caso, os preços podem ser estra-
tosféricos.
Os espumantes recebem
classificações em razão do
teor de açúcares totais, ex-
presso em gramas de glicose
por litro. A classificação não
é universal, portanto cada
país adota um critério, em-
bora semelhantes. O açúcar
que o vinho apresenta é
produzido naturalmente
pela fermentação da uva e é
chamado de açúcar residual.
Quanto menor a quantidade
de açúcar residual, mais seco
será o vinho. O enólogo é
que decide em que momen-
to ela deseja interromper a
fermentação, de acordo com
a classificação do vinho que
deseja produzir. A escala
começa pelo nature, que é
o espumante com menor
teor de açúcar e o mais seco,
passando pelo extra-brut,
brut, sec ou seco, demi-sec
ou meio-seco e doce. Quan-
do não se está acostuma-
do a tomar espumantes,
aconselha-se a começar
pelos mais doces, até chegar
aos mais secos, que são os
mais saborosos.
Os espumantes harmonizam-
se muito bem com frutos do
mar, peixes leves e carnes
brancas. Os espumantes
doces combinam bem com
sobremesas, como torta de
nozes, panetones e rabanadas.
Se na ceia do final de ano a
opção for por um único vinho,
do começo ao fim, a escolha
certa é um espumante.
CLASSIFICAÇÃO
HARMONIZAÇÃO
QUANTIDADE
Sirva uma pequena quantidade, um dedo aproxi-
madamente, espere baixar a espuma e complete
com no máximo dois terços da taça. Isso ajuda a res-
friar o fundo da taça, onde se formam as borbulhas,
obtendo-se melhor persistência delas.
ONDE COMPREI
Cocipa (Inúbia Paulista)
R$ 119,40
TEMPERATURA
6º a 9º C
TAÇA
Flute, de cristal ou vidro trans-
parente. Evite taças coloridas
que não permitem o exame
visual da bebida.
DEZEMBRO 2018 | REVISTAVOX.COM 53